26/07/2009

Mais Escola e Menos Terapia - nova abordagem

Apresentando nossa escola, queremos inicialmente, destacar a importância definitiva do novo conceito em desenvolvimento humano, a postura de aprendizagem. Consideramos a idéia de "terapia" importante em outros contextos, em que haja uma necessidade de cura, de mudança e transformação. Em anos de experiência confesso que nunca curei ninguém e nunca vi ninguém "mudar", virar uma coisa diferente daquilo que já era antes. Terapia virou moda, terapia virou qualquer coisa. Terapia justifica qualquer coisa que se imagine fazer "para" o outro.Na verdade, estamos sempre fazendo coisas para nós mesmos e cuidando de nós mesmos, seja ganhando dinheiro ou alimentando o ego numa relação de poder: eu terapeuta, você paciente, cliente, aquele que precisa ser cuidado. Terapia vem do modelo médico, teve seu ingresso no atendimento psicológica clínico, com Freud. Ele era médico e atendia pacientes sintomáticos, com distúrbios psíquicos e emocionais. A psicanálise, como procedimento, inicia com um estudo de uma paciente com sintomas descritos como histéricos: Um Caso de Histeria(Freud). Houve muito esforço por parte da Sociedade de Psicanálise para torná-la uma ciência médica, com seus pacientes e procedimentos correspondentes. Daí para os psiquiatras, psicólogos e, finalmente, terapeutas foi um caminho rápido e fácil, como se todas essas coisas fossem uma coisa só. Criaram centenas de ferramentas técnicas,com medicamentos, procedimentos de toda ordem, científicos ou não, para abordar os sofredores e suas dores do corpo-alma, no sentido de aliviar seus sintomas e melhorar a qualidade de vida . Entretanto ninguém se transformava em outra pessoa ou em qualquer coisa diferente daquilo que já era. O paciente era e é a parte passiva, a vítima, o coitado, sem culpa nem responsabilidade pelo seu estado e pela sua vida. Há por todo lado pessoas oferecendo "terapias", atendimentos, novos, antigos ou antiquíssimos métodos para tirar você do buraco. Você não precisa saber nada, não precisa fazer nada, apenas ser uma vítima perdida, buscando por salvadores, curadores e curandeiros. Alguém que vai te dizer o que fazer. Sempre alguém vai pescar o peixe para você. Quando há uma doença, você logo busca a solução em outro, que aprendeu como salvá-lo. Diz o ditado: na doença todos somos iguais. Existem muitos tipos de sofrimento. Há também o sofrimento do ser, da alma, interno, pessoal e exclusivo. Você sabe que algo não vai bem em si e na sua vida. E aí? Aí alguém vai querer mudar você, culpá-lo e também...ajudá-lo. PERIGO!

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